A obesidade é uma condição crônica, decorrente de alterações no controle do balanço energético, que leva ao acúmulo de gordura corporal.
O tecido adiposo em excesso leva a um estado inflamatório sustentado, sendo fator de risco para o desenvolvimento de outras condições, como as doenças cardiovasculares.
Nas pessoas com obesidade é esperado encontrarmos um padrão não habitual de diversos hormônios em consequência do aumento da massa gorda, como maior resistência à insulina, alteração dos exames tireoidianos e até mesmo redução da testosterona em homens.
Apesar de considerada culturalmente como uma “escolha”, a obesidade esconde por trás desse estigma um mecanismo bioquímico complexo.
Simplificando, temos dois tipos de apetite: o
apetite homeostático, aquele que nos motiva a buscar energia para viver, e o
apetite hedônico, que é mais relacionado a busca do prazer pelos alimentos.
Uma desregulação no centro da fome do cérebro, que tem contribuição genética, leva ao aumento do apetite, seja homeostático ou hedônico.
Em consequência disso, há maior ingestão calórica, muitas vezes não percebida conscientemente. O excesso energético é estocado em forma de gordura, formando um tecido capaz de produzir hormônios específicos.
À primeira vista, define-se que pessoas com índice de massa corpórea (IMC – relação entre o peso e o quadrado da altura) acima de 30 kg/m² apresentam obesidade. Porém, esse cálculo não é válido para crianças e idosos e pode variar conforme etnia.
O IMC é um método muito simplista, pois não leva em consideração a proporção entre massa gorda e massa livre de gordura, além de não informar sobre o nível de gordura que recobre os órgãos, que é o item mais relevante relacionado ao risco cardiovascular.
Existem outros métodos para análise da composição corporal, como a bioimpedância elétrica e a densitometria corporal, porém ainda não foram padronizados percentuais de gordura definidores de obesidade.
O tratamento da obesidade é desafiador porque perder peso não é algo fisiológico e, por isso, quando perdemos peso, ocorre uma adaptação metabólica, que gera aumento da fome e redução do gasto energético.
Muitas vezes, as medicações são fundamentais, porém sua escolha deve ser individualizada e baseada no conhecimento profundo do padrão alimentar.
Os mecanismos de ação são diversos: podem regular desde o centro do apetite até a absorção de gorduras da dieta.
A abordagem deve ser multidisciplinar, com orientação nutricional para fazer boas escolhas alimentares, atividade física planejada para aumentar o gasto energético e suporte psicológico para tratar questões muitas vezes negligenciadas que podem motivar o ganho de peso.
Várias formulações manipuladas e não regulamentadas pela ANVISA prometem ser termogênicas. Desconfie dessas fórmulas milagrosas, pois geralmente contém hormônio tireoidiano ou até mesmo anabolizantes e, portanto, não são seguras para sua saúde.
Os estudos não mostram superioridade de nenhuma dieta em detrimento de outra para perda de peso a longo prazo. O melhor planejamento alimentar é aquele ao qual você se adapta e consegue sustentar.
Quando se decide iniciar medicação para controle de obesidade não há um prazo de validade. É esperado haver reganho de peso quando se suspende a medicação, especialmente se não houve mudança de estilo de vida, simplesmente porque se perde o efeito benéfico da medicação. Por isso a importância de um tratamento bem planejado e individualizado.
Sou Endocrinologista pela Universidade de São Paulo (USP) e titulada como Especialista na área pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e pela Associação Médica Brasileira (AMB).
Mais do que isso, sou especialista em cuidar de pessoas. Conhecer a fundo a história dos meus pacientes e utilizar meu conhecimento para
ajudá-los a viver com saúde é o que me realiza. A Endocrinologia é uma especialidade médica muito ampla, já que os hormônios são grandes maestros do funcionamento do nosso corpo e têm impacto em todos os órgãos. Por isso, me encantou à primeira vista.
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